quinta-feira, 10 de maio de 2018

Obsessão e Desobsessão na Umbanda


Obsessão e desobsessão existem desde que o mundo é mundo, ou pelo menos desde que as civilizações surgiram. Entretanto, ganhou cores, explicação, vocabulário próprio e estudos diversos, com o surgimento da codificação kardequiana, no fim do séc. XIX.

Obsessão é uma das principais preocupações e desobsessão é um dos diversos trabalhos realizados pelos Centros Espíritas. Assim, temos no Espiritismo o maior volume de informação, metodologias de tratamento e experiências acumuladas sobre o referido tema.

Muitos terreiros de Umbanda recorrem a esse cabedal de conhecimento do Espiritismo, para lidar com a obsessão, aplicando as soluções kardecistas para realizar as desobsessões, frente aos casos que aparecem no seu dia-a-dia. É justo? Com certeza!



Allan Kardec, enquanto produzia sua obra, não tinha em mente a ideia de fundar uma religião com um determinado nome, um determinado formato e unir pessoas dispostas a defender este material como exclusivo daquele grupo. Ele divulgou conhecimento sobre o mundo espiritual. Para quem? Para quem considerar útil, independente da bandeira que decida carregar ou da denominação que prefira utilizar!

A obsessão é um tema muito sério e muito recorrente, tantos em centros espíritas quanto em terreiros umbandistas. É importante que se diga que ela pode ocorrer tanto de um desencarnado para um encarnado e vice-versa. Também há espíritos sofrentes por ações de seres humanos, sejam estes conscientes ou não de seus atos.

Os trabalhos de desobsessão na Umbanda devem ser conduzidos com o auxílio dos guias que se esforçam para realizar este trabalho e também dos próprios médiuns, os quais devem ler, estudar e aprender a lidar com o tema. Se ficarmos na base de "o guia resolve", a coisa vai por mau caminho. É preciso desenvolvermos consciência para que tenhamos ferramentas úteis na resolução das dificuldades que se apresentam.

A Umbanda é maravilhosa e, sem dúvida, nossos guias e Orixás não nos desamparam. Contudo, se não nos propusermos à transformação moral, de nada adiantará receber ajuda em um terreiro, pois seguiremos atraindo os mesmos tipos de problemas que já nos perturbaram anteriormente.

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