segunda-feira, 30 de abril de 2018

Mediunidade e Ansiedade


É possível dizer que a maioria dos médiuns apresenta algum grau de ansiedade quanto ao momento de tudo acontecer no campo da espiritualidade conforme as expectativas individuais.

Ocorre que temos aí uma cilada, pois uma coisa não vai ajudar na outra, ou seja, ansiedade não trará mediunidade. Deste modo, não podemos permitir que a emoção passe totalmente à frente da razão, buscando antecipar algo que tem o seu momento certo para acontecer.

Lamento dizer, mas não há pai ou mãe de santo que tenha a capacidade de apressar a mediunidade de alguém só para agradar a este(a) filho(a) que acaba de iniciar sua participação em uma corrente de trabalho. O que acontece em relação a isso é muito mais sugestionamento do que eficácia. Afinal, as pessoas podem acabar acreditando que tal dirigente tem um determinado poder de trazer o guia de alguém. Não tem.

A ansiedade é um mal de nossos tempos, o qual exige atenção e cautela. É um distúrbio emocional contemporâneo que atrapalha o desempenho das pessoas nas mais diversas atividades humanas, não sendo diferente em relação à prática religiosa.

Sendo assim, tenhamos cuidado para não nos deixarmos seduzir por pessoas que fazem determinadas promessas que poderão servir para satisfazer momentaneamente (e ilusoriamente) ao nosso ego, mas não servirão para auxiliar-nos em nossa caminhada evolutiva.

A paciência é, sem dúvida, uma virtude que precisamos desenvolver em nossa estadia terrena. Portanto, saibamos esperar a nossa hora e confiemos em nossos guias, pois eles nos fornecerão, no momento mais apropriado, as respostas que faltam no dia de hoje.

domingo, 29 de abril de 2018

Não há charuto para oferecer ao guia. E agora? Ele não trabalha?


Algumas vezes pode acontecer de não haver um determinado elemento de trabalho que é utilizado durante o atendimento espiritual de Umbanda, como é o caso, por exemplo, de um charuto. É raro, afinal se trata de algo muito simples de conseguir, mas enfim... pode acontecer. E se faltar? Então o guia não vai trabalhar?

É possível que alguém já tenha presenciado faltar este elemento, e então ouvir "o guia" dizer que não consegue trabalhar sem o seu charuto. Isso, convenhamos, pode gerar uma dúvida. Será que o guia está mesmo se recusando a trabalhar por faltar um elemento ou será o médium quem está mistificando e se recusando a atender por não ter o que fumar?

Sabemos da importância de um elemento como o fumo no ritual de Umbanda, mas acreditamos também que um guia, com toda a iluminação que possui, saberá compreender se faltar um elemento de trabalho que utiliza. Acreditamos que, tanto ele terá evolução espiritual para compreender a situação, como duvidamos que ele seja totalmente dependente de um charuto para poder ajudar a quem precisa ser ajudado.

Temos a certeza de que este guia, na condição de um espírito evoluído (afinal está apto a atuar na Umbanda) e que visita o plano terrestre para participar de um trabalho caritativo, saberá como proceder diante do imprevisto.

Deste modo, tendemos a duvidar da idoneidade do médium quando ele, possivelmente desejando demonstrar uma incorporação, se incomoda por não ter o seu fumo e se recusa a fazer o que deveria fazer naquele momento: a caridade. Sejamos mais atentos!

sábado, 28 de abril de 2018

Pode acontecer de eu ter dúvidas sobre minha incorporação?


A resposta à questão que entitula o texto é: com certeza! É perfeitamente normal haver dúvida sobre o processo de incorporação mediúnica em um atendimento espiritual realizado na Umbanda. Acredite: se você passa por isso em dados momentos, não está só em seus questionamentos.

Conforme sabemos, a Umbanda passa por transformações (assim como tudo o que faz parte da existência), de modo que a mediunidade inconsciente, frequentemente vista no passado, não é a mais recorrente nos dias de hoje. Há um motivo para isso?

Sim, há um motivo! No passado não havia a quantidade de estudo disponível que há hoje, assim como não havia o esclarecimento acerca da religião tal como há hoje. O estudo era escasso e tudo era excessivamente mistificado.

Hoje, entretanto, as pessoas podem se preparar e podem se esclarecer como os mais velhos não puderam. Os tempos mudam e as características de tudo também mudam, exatamente para acompanhar a evolução.

Hoje a mediunidade é mais consciente do que já foi. O médium está acompanhado de seu guia, mas nem sempre está alheio ao que ocorre no atendimento. Isso acontece para que este médium tenha também a oportunidade de aprender com o seu guia a respeito daquilo que é realizado.


Eu não posso querer ser um frasco vazio e esperar que o conteúdo brote em mim para ser transmitido a quem precisa. É de minha responsabilidade adquirir o conteúdo que julgo necessário, pois assim as informações que possuo serão mais facilmente comunicadas pelo guia espiritual que me acompanha.

Os tempos são outros. Não podemos mais colocar tudo na conta dos guias, tal como muitos já fizeram no passado. A espiritualidade não promoveria uma mudança como essa se não houvesse fundamento, portanto cabe-nos a compreensão para o bom exercício do que nos propomos a fazer. Teremos dúvida? Sim, afinal nunca saberemos tudo. O que precisamos fazer? Estudar!

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Vaidade e Umbanda não combinam!


Atualmente vemos uma série de trabalhadores que se disponibilizam ao trabalho espiritual realizado na Umbanda, parecendo, assim, caridosos. Por outro lado, parece também que ainda não compreenderam a mensagem que esta religião deseja transmitir: a humildade.

Humildade e vaidade são palavras que até rimam, mas os significados são completamente distintos. Portanto, onde cabe um não caberá o outro. Se a Umbanda preconiza a humildade e aceita a todos como iguais, então um não pode ter a pretensão de se destacar em relação aos demais, pois ferirá um princípio básico umbandista.

Conforme disse o Caboclo das Sete Encruzilhadas, "ensinaremos a quem sabe menos e aprenderemos com quem sabe mais, a ninguém viraremos as costas" e, ainda, conforme ouvimos em um ponto cantado, "aqui não há distinção nem de raça e nem de cor, seja pobre ou seja rico é recebido com amor". Estas palavras tem a ver com igualdade, e só consegue compreender o que é igualdade quem sabe agir com humildade.

Mas então? Serão todos os trabalhadores umbandistas de fato humildes? Não me parece. Vemos por aí médiuns que gostam de afirmar o quanto são mais fortes do que outros, o quanto seus guias são melhores do que outros, o quanto suas entidades são mais procuradas que a dos outros, o quanto seu Orixá é mais poderoso do que o outro, o quanto é mais respeitado do que o outro...

Além disso, vemos também ogãs que gostam de pensar que são artistas ao tocarem o atabaque como se este intrumento dedicado ao ritual religioso fosse um instrumento de percussão em show de samba, e que as mulheres que estão no terreiro vão para pegar o telefone deles, para rolar um "contatinho" depois da gira.

Vamos voltar ao exemplo do Caboclo das Sete Encruzilhadas. A quem não conhece a história do surgimento da religião, um médium vidente observou em sua manifestação que este Caboclo trazia vestimentas clericais, e então o questinou. O Caboclo disse então que havia sido, em uma de suas encarnações, o Frei Gabriel Malagrida e por isso carregava aquela vestimenta.


Se fosse para receber um nome, entretanto, seria o de Caboclo das Sete Encruzilhadas, para fundar o culto da religião de Umbanda identificado com a figura do índio, simbolizando o povo nativo que havia sido massacrado pelos europeus que aqui chegaram. Aquele espírito precisava se apresentar como um índio? Não! Mas era um sinal de humildade de sua parte.

E o que dizer de todos os outros caboclos, que igualmente são tantos outros espíritos iluminados apresentando-se com nomes simples e linguagem simples para nos ajudar? E o que dizer de todos os pretos velhos???

Humildade, meus irmãos. Humildade. Quem prefere a vaidade deve procurar outros ambientes humanos, porque o terreiro de Umbanda não é para isso.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Características dos filhos de Oxum


Os filhos deste Orixá são carinhosos e sensíveis. São conhecidos por "chorões" ou outros apelidos  semelhantes, pelo fato de serem dramáticos e carinhosos, tal como uma mãe é com seus filhos.

Acolhedores e sempre dispostos a oferecer colo, costumam trazer também a beleza e a sensualidade das águas suaves. Se disponibilizam a compreender os problemas humanos, mas diferenciam rapidamente quem realmente precisa de ajuda de quem é aproveitador.

Trazem sempre a beleza consigo, não necessariamente no plano físico. São carismáticos e sedutores, amigos, amantes, cheios de esperança e de desejo, fiéis quando acreditam encontrar o verdadeiro amor e leais com os verdadeiros amigos.

Quanto preciso preocupar-me com guias e outros objetos?



Muitos médiuns de Umbanda desenvolvem preocupações excessivas com coisas que acabam sendo triviais. Um bom exemplo disso são as guias, como são chamados os colares confeccionados com os mais diversos materiais e que simbolizam um dos fundamentos da religião.

Isso acontece em especial com o médium iniciante, o qual, sem as devidas orientações de seu dirigente, começa a gastar tempo e energia buscando compreender qual o tipo de guia deve usar para agradar à entidade que o acompanha, ou ao seu Orixá.

Este médium passa a imaginar se deve usar em sua guia miçangas, sementes, fica em dúvida sobre a cor, se deve ser brilhante ou opaca, se deve comprar ou fazer com as próprias mãos, e assim por diante.

Precisamos levar em conta que o mais importante às entidades que trabalham conosco não é o tipo de material que usaremos ao redor do pescoço. O mais importante SOMOS NÓS! A nossa presença é fundamental, mas não somente a presença de corpo, enquanto a mente está no netflix, naquela série sensacional, no namorado ou na namorada, no facebook, etc.

Se nos propusermos a formar parte de uma corrente de trabalho espiritual, precisamos fazê-lo com integridade e deixar tudo o mais para depois. O que pertence ao mundo material, recuperaremos na saída do terreiro, assim que o trabalho terminar. Enquanto estivermos ali, entretanto, cabe-nos fazer valer a nossa presença, a nossa entrega à espiritualidade.

O tipo de guia a ser usado, assim como outros elementos, tais como fumo, pemba, etc, naturalmente serão intuídos ou orientados. O médium não deve perder energia preocupando-se com objetos; ao invés disso, convém direcionar esta energia mantendo o foco no que ele faz ali, para que o trabalho seja bem conduzido e para que não haja desgaste além do necessário.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Lembra-se da sua primeira gira? Qual foi a corrente de trabalho no dia?


A lembrança da primeira gira dificilmente sai da memória de quem um dia se propôs a visitar um terreiro de Umbanda, obedecendo a um chamado interior e ali encontrando o que buscava, mesmo sem saber exatamente o que encontrar.

Uma vez que proponho esta pergunta aos leitores (lembra-se de sua primeira gira?), então farei um breve relato de como as coisas aconteceram comigo. O ano era 2002 e eu já havia tomado contato, um atrás, com o espiritismo de Kardec. No entanto, algo em minha intimidade me convidava a conhecer a Umbanda, apesar de todos os preconceitos existentes acerca desta religião e que somos acostumados a ouvir, inclusive de pessoas próximas.

Falou mais alto em minha alma a vontade de conhecer um terreiro e de participar da gira, em detrimento de qualquer comentário pejorativo sobre o que era a minha vontade. Cheguei ao terreiro bem do jeito como descrevi no primeiro parágrafo: "sem saber exatamente o que encontrar". Era um dia de trabalho dos pretos velhos e então a reunião começou.

Acompanhei todo o ritual, os pontos cantados, as orações e vi os médiuns receberem os guias para darem início ao atendimento espiritual. Quando estava chegando a minha vez de me consultar, o coração mal cabia no peito de tanto que pulava, talvez uma mistura do que se experimenta ao lidar com o que é desconhecido (o que alguns chamam de medo) e de emoção por notar que ali era o meu lugar, mesmo que ainda não soubesse disso de forma racional.

Ao parar diante do preto velho, ele me olhou por um breve momento e fez uma pergunta que foi no fundo da minha alma. Eu não estava descrente, de modo algum, mas aquilo foi como um raio que caiu no lugar certo e me fez compreender toda a beleza e a importância do trabalho que era realizado ali.

Foi o bastante para me tornar Umbandista e amar incondicionalmente aos Guias e Orixás, que tanto fazem por nós sob a égide de Oxalá. Estas são palavras simples que desejam transmitir um pouco do sentimento de quem experimenta a Umbanda na alma e no coração. E você, se lembra de como tudo aconteceu?

terça-feira, 24 de abril de 2018

A "casinha" de Exu


A Casa de Forças de Exu não é uma casinha onde este amado e respeitado guardião está preso a um determinado “assentamento”. Trata-se de um espaço próximo à entrada do terreiro de Umbanda onde o Axé é “alimentado” para fortalecer a guarda ao terreiro e aos seus filhos de fé.

A Casa de Forças representa o ponto de segurança do terreiro, onde estão os elementos magísticos de ligação de Exu. Conforme é dito, sem Exu não há Umbanda, porque é através de suas forças que se busca a abertura de todos os caminhos na jornada da fé. Sem a segurança que Exu proporciona para que os trabalhos espirituais aconteçam harmoniosamente, a prática de nossa religião não seria possível tal como a conhecemos.


A Casa de Forças de Exu também funciona como uma espécie de “pára-raios” contra as demandas enviadas ao terreiro ou aos seus filhos de fé, seja por magos negros encarnados ou desencarnados. Valendo-se da ação de elementos empregados na ritualística de Umbanda, Exu não permite que forças negativas prejudiquem o que se realiza no espaço sagrado pelo qual está encarregado da defesa.

O Respeito no Terreiro


Faz-se desnecessário dizer o quanto o respeito é importante em qualquer tipo de relação humana, inclusive (ou principalmente) em um ambiente que tem por objetivo a prática religiosa. Afinal, as pessoas ali se reúnem não apenas por respeito umas às outras, mas por respeito ao que consideram sagrado.

Ocorre que precisamos tocar neste assunto com certa frequência em função de pessoas que não compreendem uma premissa básica, que é justamente a do respeito. Não adianta dizer que temos fé se não somos capazes de respeitar; assim como não adianta frequentarmos um terreiro se não formos capazes de ver um irmão nosso sob a mesma condição na qual estamos.

Há muitas pessoas que ainda não comprenderam a importância do comportamento com a mediunidade e com o trato pessoal em um terreiro de Umbanda, que é uma casa de oração. Quantas vezes vemos a vaidade passar à frente da humildade, quantas vezes vemos piadinhas de mau gosto diante de incorporações dos colegas de trabalho espiritual, quantas vezes vemos julgamentos a respeito de questões que os consulentes desejam tratar em seu atendimento espiritual?

O respeito deve ser dispensado não somente ao dirigente, pai/mãe de santo ou sacerdote, seja qual for o nome que a pessoa que se responsabiliza por uma casa prefira receber. O respeito não deve ser entendido como algo associado a uma relação de poder e medo, mas a uma troca de energia. É bom oferecer e receber de forma incondicional!

Não devemos respeitar somente a quem tememos ou a quem prestamos explicações de nossa conduta; precisamos respeitar a todos. Se não for assim, nos caberá compreender que estamos no lugar errado, afinal não faremos falta aos Guias e aos Orixás se não pudermos respeitar o local onde atuam!

Quem pretende destratar ou desmerecer o seu irmão não deve estar em uma casa oração. Há diversos outros ambientes disponíveis a este tipo de comportamento.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

O Fumo e a Defumação


É natural presenciar nos terreiros de Umbanda uma entidade fazendo uso do tabaco por meio do charuto, cigarro ou cachimbo. Do mesmo modo, em todas as giras vemos o uso da defumação.

Ambos, defumação e fumo, possuem o mesmo princípio: utilizar o poder adormecido na erva seca através da ativação com a força ígnea, ou seja, o fogo.

Na defumação é possível utilizar diversos tipos de ervas, cada uma com uma propriedade específica, assim como podemos fazer uma mistura especial, com determinado propósito. Através da sinergia energética das ervas, elas terão uma força de atuação muito melhor e maior.

Tanto a defumação quanto o fumo seguem o mesmo propósito básico. São elementos utilizados para desagregar energias deletérias que ficam presas nos espaços físicos, nas pessoas e no campo astral. Desagragam larvas astrais e miasmas, assim como dissolvem cordões energéticos negativos.

Após o uso do fumo ou da defumação, espíritos que desejam causar problemas podem até adentrar ao local, mas não conseguirão impregnar o ambiente com suas energias negativas, assim como os encarnados não poderão manifestar toda a quantidade de formas astrais negativas que acabam produzindo diariamente. Faz-se, portanto, uma especie de "antissepsia".

Características dos filhos e filhas de Iemanjá


Os filhos e filhas deste Orixá gostam de luxo e de conforto, mas sem grandes exageros. Também dominam o plano emocional da vida, sendo, em vários momentos, chantagistas emocionais ou extremamente habilidosos em manipulação para atingir os seus propósitos.

Relacionar-se com os filhos de Iemanjá pode ser uma delícia temperada com esporádicos e intensos problemas. Mesmo sendo a figura materna que é, quando comparada às outras divindades africanas, Iemanjá é extremamente simples.

Maternais, são muito protetores e tendem a querer cuidar de problemas dos outros como se fossem os seus próprios. São sábios e nos dizem verdades que nem sempre queremos receber. Não espere de filhos de Iemanjá as palavras que você deseja ouvir, pois sempre receberá as que precisa ouvir, goste ou não.

Não se preocupam em fazer esforços para conquistar, definitivamente não são políticos para agradar. São do tipo que desejam ser aceitos por sua própria natureza. Se não for para ser assim, não se abalam com a falta de aceitação, sem jamais perder a originalidade.

As pessoas regidas por este Orixá são aquelas que te convencem sem que você perceba o processo em andamento. É como a onda que vem até a praia e leva os grãos de areia para o mar, sem que estes possam escolher ficar onde estão.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

A Umbanda escolhe seus filhos ou é uma escolha do indivíduo?


Muitas pessoas ficam em dúvida sobre como as coisas acontecem até que alguém se declare filho de Umbanda e passe a exercer uma função de modo a auxiliar no andamento do trabalho espiritual. Afinal: a Umbanda escolhe quem serão seus médiuns trabalhadores ou as pessoas é que escolhem seguir caminho?

A melhor maneira de responder a esta questão é fazer valer o conceito do equilíbrio, o qual permite que tudo funcione harmoniosamente na vida. Quero dizer que há um pouco de cada coisa para que o trabalho seja realizado. Obviamente, ninguém escolhe, em determinado momento da vida, ser médium. Não é algo que alguém fica ali considerando e de repente pensa "vou fazer um curso para ser médium no terreiro!". Absolutamente.

Isso é previamente determinado pela espiritualidade, ou seja, algumas pessoas manifestam naturalmente determinadas características mediúnicas que a fazem perceber um chamamento para o exercício do trabalho caritativo. Essa é a parte em que a Umbanda escolhe um filho seu, digamos assim. A parte da história onde "o convite" é feito.

A outra parte, aquela em que o indivíduo escolhe ser filho de Umbanda, é igualmente válida! Nisso consistirá o equilíbrio. Quero dizer que nada deve ser imposto, pois isso feriria a lei do livre arbítro e, sendo a Umbanda uma religião cristã, jamais faria tal transgressão.


Deste modo, frases do tipo "você deve ir ao terreiro, caso contrário sua vida se atrasará", "os guias ou Orixás irão te prejudicar", entre outras, não cabem mais. A história da humanidade mostra que já basta de imposição religiosa fundamentada na relação de poder e medo.

As pessoas devem seguir determinado caminho, neste caso a Umbanda (já que é a religião da qual tratamos) se assim seu coração pedir. O que for feito, deve sê-lo de peito aberto para que bençãos sejam recebidas e transmitidas. Portanto, a Umbanda tanto escolhe os seus filhos, como também permite a eles esta escolha. Umbanda é Amor, não é imposição.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Oração para afastar os maus espíritos


Em nome de Deus todo poderoso, que os maus espíritos se afastem de mim e que os bons me sirvam de proteção contra eles!

Espíritos malévolos, que inspirais aos homens maus pensamentos; espíritos trapaceiros e mentirosos, que os enganais; espíritos zombeteiros, que brincais com a credulidade deles, eu vos afasto com todas as forças de minha alma e fecho meus ouvidos às vossas sugestões, mas imploro para vós a misericórdia de Deus.

Bons espíritos que generosamente me amparais, dai-me a força para resistir à influência dos maus espíritos e as luzes necessárias para não ser enganado pelas suas artimanhas. Preservai-me do orgulho e da vaidade; afastai do meu coração o ciúme, o ódio, a malevolência e todo sentimento contrário à caridade, que são outras tantas portas abertas aos espíritos maus.

Que assim seja! Graças a Deus!

Características dos Filhos de Nanã

Os filhos deste Orixá, que recebe o seu sincretismo com Sant'Ana, são conservadores e presos aos padrões convencionais estabelecidos pelos homens.

Passam aos outros a aparência de serem calmos, porém têm a capacidade de mudar rapidamente de comportamento, causando também a impressão de guerreiros e até agressivos.

Podem chegar mesmo a ser perigosos quando provocados, não à toa assustando as pessoas que convivem com eles. Estas, portanto, aprendem que não compensa causar uma indisposição.

Levam seu ponto de vista às últimas conseqüências, manifestando assim uma teimosia por vezes difícil de lidar. Quando mães, são apegadas aos filhos e muito protetoras. São ciumentas e possessivas.

Exigem ainda atenção e respeito, são pouco alegres e não gostam de muitas brincadeiras. Definitivamente não são as melhores pessoas a quem fazer aquela famosa piadinha para não perder o momento, pois isso acaba custando a amizade.

Os filhos de Nanã são majestosos e seguros nas ações, procurando sempre o caminho da sabedoria e da justiça. Este é um sinal de nobreza na alma.

Fonte: raizesespirituais.com.br

Pessoas despreparadas trabalhando na Umbanda


A Umbanda é uma religião, portanto deve ser conduzida com seriedade e por pessoas aptas a realizarem aquilo que é proposto em um terreiro, centro ou templo, como se queira chamar.

Não basta boa vontade para se tornar um médium Umbandista, pois ninguém aprende a ser médium em curso algum para posteriormente ingressar em uma corrente de trabalho. Essa é uma condição manifestada naturalmente em determinadas pessoas, que então decidem realizar ou não este trabalho.

Eis a grande questão: ninguém escolhe ser médium de incorporação para manifestar a presença de um guia espiritual! Trata-se de condição intrínseca ao indivíduo e não há como se fabricar! A Umbanda é uma religião de caráter mediúnico, portanto a mediunidade é necessária para se trabalhar na corrente de qualquer casa.

Consulentes se dirigem até o terreiro para receber atendimento espiritual. Assim, quem não manifesta a qualidade mediúnica específica de incorporação, não deve ficar considerando formas de conseguir esta qualidade só para realizar a própria vontade, talvez por achar bonito, ou por qualquer outro motivo.

Não há curso, banho, ritual ou saravada de pai de santo para você transmitir palavras de uma entidade se este não for o papel designado a você. Não se sugestione, não crie ilusões e não fantasie as coisas, pois assim irá causar prejuízos na vida de várias pessoas que dedicam seu tempo para ir ao terreiro buscando ATENDIMENTO ESPIRITUAL, ao invés de suas palavras cordiais transmitidas apenas com boa vontade. Não é isso o que a religião preconiza.

Por causa de "médiuns" assim é que muitas pessoas se frustram com a Umbanda, culpando um pai de santo, um terreiro ou a própria religião, por sentirem que não houve nada de espiritual no atendimento recebido.

A religião não tem culpa, mas infelizmente as pessoas ficam mesmo MUITO decepcionadas, e nem vou dizer que é por culpa de alguns. É por culpa de MUITOS que hoje participam de terreiros nesta condição inadequada, apenas pelo desejo de fazer parte de uma casa ou para dizer que realizam trabalho espiritual, quando a realidade passa longe disso.

Se dirigentes percebem ou não, se são coniventes ou não (afinal precisam de pessoas para o trabalho e nem sempre estas pessoas são preparadas), não sei. O caso é que devemos ser mais atentos com isso e devemos, principalmente, comunicar quando nos depararmos com a situação. A nossa Umbanda não merece perder gradativamente a credibilidade devido à pretensão de desejarem tornar normal o que não é aceitável.

Saravá.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

A Ansiedade do Médium Iniciante


Iniciar a caminhada nos mistérios de uma religião de essência mediúnica não é algo simples, muito menos dado da noite para o dia. É perfeitamente natural que o médium afinizado com o trabalho de Umbanda e, portanto, que procura aquele ambiente para compreender melhor o que ocorre consigo, além de desenvolver-se para o trabalho, fique ansioso para ver as coisas acontecerem prontamente.

Ocorre que não é assim que funciona! É muito importante controlar a ansiedade, pois na vida não há nada que ocorra satisfatoriamente se pularmos etapas, almejando apenas resultados.

A ansiedade é, reconhecidamente, um problema contemporâneo que devemos enfrentar, cientes de que resultados são consequência de um trabalho, seja ele qual for. O objetivo deve ser o trabalho e não o que se ganha com ele, pois o ganho naturalmente virá; é uma construção.

O médium que deseja ver tudo acontecer rapidamente corre grande risco de enfiar os pés pelas mãos, principalmente se não contar com o apoio de um dirigente que saiba como inseri-lo no trabalho, oferecendo o suporte necessário ao desenvolveimento de suas qualidades. Cria-se muita expectativa (e até mesmo muita empolgação) em relação à mediunidade e, assim, as pessoas se tornam candidatas à frustração, desistindo de tudo pouco tempo depois.

Manter os pés no chão é fundamental para o desenvolvimento correto e saudável, aquele que permitirá ao médium estabelecer bases fortes para seu crescimento espiritual e para o cumprimento de sua missão, com a ferramenta que lhe foi ofertada como oportunidade de redenção: a mediunidade.

Comportamento no Terreiro - Vestimenta


O terreiro de Umbanda é um local de culto religioso, sendo assim um solo dedicado ao sagrado e, por isso mesmo, devemos utilizar o bom senso e o respeito como regras básicas na hora de escolhermos a roupa para a participação em uma gira.

As mulheres é que geralmente precisam ter mais atenção com este assunto, uma vez que são habituais em seu vestuário as roupas curtas, justas, decotadas ou transparentes. Não se trata de moralismo e muito menos de julgar o tipo de roupa que cada um queira utilizar, conforme seu bem-estar e sua personalidade. O caso é o de adequação ao contexto.

Do mesmo modo que se deve respeitar o ambiente profissional, pois ali se ganha o pão e, portanto, a vestimenta deve ser adequada a este tipo de ambiente, em um terreiro também deve haver adequação e respeito ao que se busca naquele local, seja a paz, o conforto, a saúde ou a força para enfrentar algum desafio da vida. Roupas claras, discretas e confortáveis são sempre bem adequadas para a visita ao terreiro.

Há casas que pedem para que as pessoas retirem os seus calçados ao passarem para a área onde receberão o seu atendimento, enquanto outras não usam dessa prerrogativa. Neste caso, é preciso observar as regras de funcionamento do local visitado, respeitando o que se pede que seja feito ali. Procuramos o terreiro para receber ajuda e, então, respeito é o mínimo que podemos ofertar em troca.

domingo, 15 de abril de 2018

Arruda para proteção


A arruda é considerada um verdadeiro “termômetro” da energia do local em que estiver, já que seu desenvolvimento é prejudicado por ambientes pesados, com presença de pessoas não realizadas ou frustradas. Por outro lado, se estiver em um ambiente harmonioso e agradável, a arruda irá florescer com muita vitalidade.

A proteção é a virtude mais conhecida da arruda, sendo usada por várias civilizações diferentes há milhares de anos. Acredita-se que ela protege contra qualquer tipo de má vibração, incluindo situações e pessoas ruins que possam tentar causar algum mal.

Se você estiver lidando com situações e pessoas negativas, com a impressão de que tudo está dando errado, a arruda certamente pode ajudar. Ela promove o equilíbrio, absorvendo a negatividade e impedindo que energias contrárias afetem o seu cotidiano e o das pessoas que convivem com você.

Outra aplicação muito útil é no combate à inveja e ao olho-gordo, impedindo que sejamos afetados por este tipo de sentimento ruim e prejudicial para nossas vidas. Dessa forma, nossas merecidas conquistas ficam sempre protegidas do famoso e perigoso mau olhado.

Por que bater cabeça? Qual o significado?


O ato de levar a cabeça ao solo, ou simplesmente "bater cabeça" é encontrado em praticamente todas as religiões. O curioso, entretanto, é que a prática não se restringe à reverência espiritual, sendo adotada também por diversas instituições onde líderes determinam este tipo de saudação como uma formalidade.

Reis, por exemplo, durante longo tempo na história da humanidade eram tidos como representantes terrenos de divindades e, por isso, seus súditos deviam tocar a cabeça ao solo para saudá-los.

O significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.

Faz-se importante salientar que, quando usamos a palavra submissão, devemos fazê-lo com cuidado, umas vez que pode ser transmitida a ideia de uma relação de poder ou controle, com uma das partes sendo fragilizada. Definitivamente não é o caso.

Trata-se do reconhecimento por parte do ser humano de sua condição, ciente que é de haver algo superior a ele e que pode ajudá-lo. Por este simples motivo é que bater cabeça é sinal de respeito e humildade.

É possível interpretar também como sinal de agradecimento por bençãos recebidas. A benção da própria vida (por que não?). Algo para o qual nem todos se atentam é que também se trata de oportunidade para estabelecer conexão com as forças espirituais do local sagrado onde se pratica o ritual religioso.

Bater cabeça na Umbanda, portanto, representa respeito aos orixás, guias e entidades, assim como aos sacedotes e aos mais velhos na religião, aqueles que mais tem a ensinar e, diga-se de passagem, também sempre terão a quem respeitar e saudar.

Fonte: centroespiritaurubatan.com.br

Lenda - Como Oxossi virou Orixá


Odé era um grande caçador. Certo dia, ele saiu para caçar sem antes consultar o oráculo Ifá, nem cumprir os ritos necessários. Depois de algum tempo andando na floresta, encontrou uma serpente: era Oxumaré em sua forma terrestre.

A cobra falou que Odé não devia matá-la; mas ele não se importou, matou-a, cortou-a em pedaços e levou para casa, onde a cozinhou e comeu; depois foi dormir.

No outro dia, sua esposa Oxum encontrou-o morto, com um rastro de cobra saindo de seu corpo e indo para a mata. Oxum tanto se lamentou e chorou, que Ifá o fez renascer como Orixá, com o nome de Oxossi.

Fonte: casaiemanjaiassoba.com.br

Características de Filhos e Filhas de Ogum


De físico magro, mas definido, os filhos e filhas de Ogum são aquelas pessoas que não dispensam uma “farra” e pagam para entrar em uma briga. Não necessariamente precisa iniciar por causa deles, mas se enxergarem uma confusão, provavelmente entrarão no meio. De temperamento forte e impaciente, eles não perdem tempo procurando explicações, já partem para o ataque.

No amor apresentam dificuldade para se apegarem a alguém, costumando trocar de parceiros com certa frequência. Não acreditam muito em probabilidades, preferem batalhar até alcançarem o impossível, se assim for o seu sonho; geralmente conseguem realizá-lo. Os filhos de Ogum são pessoas de desejos simples, preferindo dormir sobre o piso ou em uma rede ao invés de uma cama confortável e luxuosa.

A principal característica dos filhos e filhas deste Orixá é o esforço para alcançar o desejado, tratando-se de pessoas batalhadoras e de espírito incansável. Precisam tomar muito cuidado para não se tornarem desagradáveis, por possuírem o dom de serem líderes, mas sempre sob o risco de sucumbirem à prepotência. Devem cultivar a humildade como ponto de apoio para terem boa recepção.

Não conseguem acumular riquezas, pois a efemeridade quase sempre os alcança. Gastam aquilo que ganham com prazeres momentâneos. São pessoas muito comunicativas e alegres, daquelas que dividem sua felicidade, risadas e histórias com todos.

Fonte: iquilibrio

sábado, 14 de abril de 2018

Ogum – O Orixá Ferreiro e Grande Guerreiro


Ogum é símbolo de luta e conquistas, um Orixá muito respeitado e cultuado. Tem um dos mais fortes sincretismos, representado por São Jorge, também destemido guerreiro e que nunca abandonou sua causa.

Ele é a figura do comandante supremo, de forma a fornecer proteção a quem necessitar em momentos de perigo. Este Orixá lutará à sua frente com todas as suas forças, desde que sua fé não esmoreça.

Ogum é temido guerreiro que sempre lutou sem parar contra todos os que o desafiassem ou procurassem por sua fúria. É também irmão amoroso, filho de Iemanjá, irmão mais velho de Exú e Oxóssi, Orixá pelo qual sempre teve grande estima.

Ogum passou a todos os seres humanos o conhecimento sobre batalhas e o trabalho com o metal, trazendo evolução à humanidade.

Quizila de quiabo

Ogum não suporta quiabo, pois foi devido a esse legume que perdeu uma batalha para o Orixá com o qual não se afiniza: Xangô. Ele foi pego em uma armadilha, uma pasta feita com quiabo preparada por Xangô, na qual ele pisou e escorregou durante a batalha, levando-o à derrota.

Fonte: iquilibrio.com

O que é o Benzimento?


Benzer significa tornar Bento ou Santo. Benzer uma pessoa é o ato de rezá-la, pedindo que dela se afastem todos os males ou o mal específico que lhe esteja afligindo. Faz-se o “sinal da cruz” sobre a pessoa, animal ou objeto, recitando orações diversas com o objetivo de consagrá-la ao divino, abençoando.

A bênção é um veículo que possibilita ao seu executor estabelecer relações de solidariedade e de aliança com os santos, de um lado, com os homens de outro e entre ambos, simultaneamente (Oliveira, 1985).

É uma prática muito antiga a muitas culturas, mas aqui no Brasil ganhou força no período da colonização junto aos imigrantes que chegaram. Vale lembrar que os próprios Índios aqui já estabelecidos praticavam seus rituais de cura dentro de um conjunto de orações no seu próprio dialeto.



A maioria das benzedeiras são idosas, católicas, com pouca escolaridade e baixa renda. Elas encaram seu ofício como um serviço assumido por tradição e em resposta a necessidades da comunidade. Não cobram pelos benzimentos, mas geralmente os que procuram seus serviços levam presentes como forma de agradecimento.

O benzimento é uma técnica simples, independente de crença ou religião, de dia, lua, horário ou local para ser praticado.

Fonte: Transmutando

sexta-feira, 13 de abril de 2018

O que é Magia?


Magia é o ato de evocar poderes e mistérios Divinos e colocá-los em ação de modo a nos beneficiarmos ou aos nossos semelhantes. Muitos são os tipos de magia já revelados ao plano material da vida. Há magias astrológicas, lunares, ígneas, solares, elementais, espirituais, telúricas, aquáticas, eólicas, minerais ou simplesmente mentais.

Magia é aquilo que se sente e nem sempre requer uma prática ritual complexa. A magia mental, por exemplo, pode ser muito mais poderosa (e até mais perigosa) do que aquele ritual todo elaborado que impressiona aos olhos, sendo, contudo, de pouca serventia.

É importante criarmos a consciência de que a magia envolve manipulação, pelo fato de haver interferência naquilo que seria um processo de ocorrência natural. Quem lida com magia não pode ser ingênuo(a), devendo criar muita responsabilidade sobre os próprios atos. Tudo aquilo que se pratica direcionado a outro ser vivo, volta ao seu emissor em potência triplicada (Lei Tríplice).

Igualmente importante é a concepção de que não se trata, obrigatoriamente, de algo negativo pelo fato de haver manipulação. Muitos são os indivíduos que já colocam a magia no saco das coisas negativas, precipitadamente, apenas por preconceito ou medo. Para muitos, aquilo que é desconhecido é temido e, portanto, melhor não mexer, "pois deve ser ruim" (...).


A intenção é o fator determinante do processo magístico, de forma a torná-lo positivo ou negativo. Se procuro trabalhar com a magia visando à recuperação da saúde de um ente querido enfermo, por exemplo, estou aplicando a magia de forma positiva. Se trabalho magisticamente buscando favorecer o meu campo profissional para que me apareça uma oportunidade de trabalho, a qual me permitirá arcar com as minhas contas e minha sobrevivência, também estou aplicando a magia positivamente.

Para terminar este texto, gostaria de reproduzir palavras que ouvi de uma sacerdotisa que respeito muito, por sua seriedade: magia é para poucos. Isso significa que é essencial compreendermos os próprios limites para não nos aventurarmos em algo que talvez nos tire o equilíbrio perante a vida. Deixar a magia com quem sabe praticá-la é tão básico quanto deixar a guitarra na mão de quem sabe tocar o instrumento. Cada coisa em seu lugar!

Transição Planetária


Estamos no limiar da grande transição, em que o nosso planeta passará da condição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração. Isso já constava no planejamento celestial há muito tempo e não se dará, obviamente, num passe de mágica, pois se trata de um processo de transformação lento e gradual, porém, impostergável.

As tragédias naturais, como o tsunami do Oceano Índico – objeto de nossas considerações – fazem parte desse processo, pois elas têm o objetivo de fazer a Humanidade progredir mais depressa, através do expurgo daqueles Espíritos calcetas, refratários à ordem e à evolução moral e espiritual, que já não podem mais ser retardadas. Eles passarão algum tempo em outras esferas, aprendendo as leis do Amor e do Bem, até que tenham condições de retornar ao nosso planeta, para dar seu contributo em benefício do progresso da Humanidade.

“Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Substitui-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.”

“.A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares.”

(A GÊNESE, de Allan Kardec – A geração nova, Cap. XVIII – Itens 27 e 28)