terça-feira, 19 de setembro de 2017

Umbanda - Conciliando Magia e Espiritismo


Trecho retirado da obra "A Missão da Umbanda"
Ramatís - Psicografia de Norberto Peixoto

PERGUNTA: A Umbanda é fundamentalmente voltada para a magia. Uma vez que a cultura umbandista é muito influenciada pela codificação espírita, como conciliar tal fato com a enfática afirmação de Kardec: " A distância que separa o espiritismo da magia é maior do que aquela que existe entre a astronomia e a astrologia, a química e a alquimia"?

RAMATÍS: É preciso relembrar o racionalismo científico francês que ditava comportamentos à época da codificação e distingui-lo do surgimento da Umbanda em solo verde e amarelo. Para o insigne codificador (Allan Kardec), o espiritismo nunca foi tão somente uma religião, sendo seu progresso considerado imperioso de acordo com a ciência, conceito que não rege as doutrinas religiosas. As posturas espíritas contemplativas e submissas a uma prática religiosa, preponderantes na atualidade, mostram-se paradoxalmente estagnadas (ao contrário do pensamento de Allan Kardec), o que é uma enorme contradição.

A Umbanda, ao contrário do espiritismo, não antecede suas práticas de métodos científicos: posteriormente aos seus atos ritualísticos, a ciência pode fundamentar seu universo místico, mágico e religioso. A ciência se torna argumento de legitimação da prática umbandista, que lida com energias, fluidos, magnetismo e outros elementos materiais e abstratos explicados pela ciência, além de outros conhecimentos científicos, estabelecendo uma dialética "cientifizadora" que tende a autenticar o magismo da Umbanda diante dos estudiosos cidadãos atuais.


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