terça-feira, 17 de abril de 2018

Pessoas despreparadas trabalhando na Umbanda


A Umbanda é uma religião, portanto deve ser conduzida com seriedade e por pessoas aptas a realizarem aquilo que é proposto em um terreiro, centro ou templo, como se queira chamar.

Não basta boa vontade para se tornar um médium Umbandista, pois ninguém aprende a ser médium em curso algum para posteriormente ingressar em uma corrente de trabalho. Essa é uma condição manifestada naturalmente em determinadas pessoas, que então decidem realizar ou não este trabalho.

Eis a grande questão: ninguém escolhe ser médium de incorporação para manifestar a presença de um guia espiritual! Trata-se de condição intrínseca ao indivíduo e não há como se fabricar! A Umbanda é uma religião de caráter mediúnico, portanto a mediunidade é necessária para se trabalhar na corrente de qualquer casa.

Consulentes se dirigem até o terreiro para receber atendimento espiritual. Assim, quem não manifesta a qualidade mediúnica específica de incorporação, não deve ficar considerando formas de conseguir esta qualidade só para realizar a própria vontade, talvez por achar bonito, ou por qualquer outro motivo.

Não há curso, banho, ritual ou saravada de pai de santo para você transmitir palavras de uma entidade se este não for o papel designado a você. Não se sugestione, não crie ilusões e não fantasie as coisas, pois assim irá causar prejuízos na vida de várias pessoas que dedicam seu tempo para ir ao terreiro buscando ATENDIMENTO ESPIRITUAL, ao invés de suas palavras cordiais transmitidas apenas com boa vontade. Não é isso o que a religião preconiza.

Por causa de "médiuns" assim é que muitas pessoas se frustram com a Umbanda, culpando um pai de santo, um terreiro ou a própria religião, por sentirem que não houve nada de espiritual no atendimento recebido.

A religião não tem culpa, mas infelizmente as pessoas ficam mesmo MUITO decepcionadas, e nem vou dizer que é por culpa de alguns. É por culpa de MUITOS que hoje participam de terreiros nesta condição inadequada, apenas pelo desejo de fazer parte de uma casa ou para dizer que realizam trabalho espiritual, quando a realidade passa longe disso.

Se dirigentes percebem ou não, se são coniventes ou não (afinal precisam de pessoas para o trabalho e nem sempre estas pessoas são preparadas), não sei. O caso é que devemos ser mais atentos com isso e devemos, principalmente, comunicar quando nos depararmos com a situação. A nossa Umbanda não merece perder gradativamente a credibilidade devido à pretensão de desejarem tornar normal o que não é aceitável.

Saravá.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

A Ansiedade do Médium Iniciante


Iniciar a caminhada nos mistérios de uma religião de essência mediúnica não é algo simples, muito menos dado da noite para o dia. É perfeitamente natural que o médium afinizado com o trabalho de Umbanda e, portanto, que procura aquele ambiente para compreender melhor o que ocorre consigo, além de desenvolver-se para o trabalho, fique ansioso para ver as coisas acontecerem prontamente.

Ocorre que não é assim que funciona! É muito importante controlar a ansiedade, pois na vida não há nada que ocorra satisfatoriamente se pularmos etapas, almejando apenas resultados.

A ansiedade é, reconhecidamente, um problema contemporâneo que devemos enfrentar, cientes de que resultados são consequência de um trabalho, seja ele qual for. O objetivo deve ser o trabalho e não o que se ganha com ele, pois o ganho naturalmente virá; é uma construção.

O médium que deseja ver tudo acontecer rapidamente corre grande risco de enfiar os pés pelas mãos, principalmente se não contar com o apoio de um dirigente que saiba como inseri-lo no trabalho, oferecendo o suporte necessário ao desenvolveimento de suas qualidades. Cria-se muita expectativa (e até mesmo muita empolgação) em relação à mediunidade e, assim, as pessoas se tornam candidatas à frustração, desistindo de tudo pouco tempo depois.

Manter os pés no chão é fundamental para o desenvolvimento correto e saudável, aquele que permitirá ao médium estabelecer bases fortes para seu crescimento espiritual e para o cumprimento de sua missão, com a ferramenta que lhe foi ofertada como oportunidade de redenção: a mediunidade.

Comportamento no Terreiro - Vestimenta


O terreiro de Umbanda é um local de culto religioso, sendo assim um solo dedicado ao sagrado e, por isso mesmo, devemos utilizar o bom senso e o respeito como regras básicas na hora de escolhermos a roupa para a participação em uma gira.

As mulheres é que geralmente precisam ter mais atenção com este assunto, uma vez que são habituais em seu vestuário as roupas curtas, justas, decotadas ou transparentes. Não se trata de moralismo e muito menos de julgar o tipo de roupa que cada um queira utilizar, conforme seu bem-estar e sua personalidade. O caso é o de adequação ao contexto.

Do mesmo modo que se deve respeitar o ambiente profissional, pois ali se ganha o pão e, portanto, a vestimenta deve ser adequada a este tipo de ambiente, em um terreiro também deve haver adequação e respeito ao que se busca naquele local, seja a paz, o conforto, a saúde ou a força para enfrentar algum desafio da vida. Roupas claras, discretas e confortáveis são sempre bem adequadas para a visita ao terreiro.

Há casas que pedem para que as pessoas retirem os seus calçados ao passarem para a área onde receberão o seu atendimento, enquanto outras não usam dessa prerrogativa. Neste caso, é preciso observar as regras de funcionamento do local visitado, respeitando o que se pede que seja feito ali. Procuramos o terreiro para receber ajuda e, então, respeito é o mínimo que podemos ofertar em troca.

domingo, 15 de abril de 2018

Arruda para proteção


A arruda é considerada um verdadeiro “termômetro” da energia do local em que estiver, já que seu desenvolvimento é prejudicado por ambientes pesados, com presença de pessoas não realizadas ou frustradas. Por outro lado, se estiver em um ambiente harmonioso e agradável, a arruda irá florescer com muita vitalidade.

A proteção é a virtude mais conhecida da arruda, sendo usada por várias civilizações diferentes há milhares de anos. Acredita-se que ela protege contra qualquer tipo de má vibração, incluindo situações e pessoas ruins que possam tentar causar algum mal.

Se você estiver lidando com situações e pessoas negativas, com a impressão de que tudo está dando errado, a arruda certamente pode ajudar. Ela promove o equilíbrio, absorvendo a negatividade e impedindo que energias contrárias afetem o seu cotidiano e o das pessoas que convivem com você.

Outra aplicação muito útil é no combate à inveja e ao olho-gordo, impedindo que sejamos afetados por este tipo de sentimento ruim e prejudicial para nossas vidas. Dessa forma, nossas merecidas conquistas ficam sempre protegidas do famoso e perigoso mau olhado.

Por que bater cabeça? Qual o significado?


O ato de levar a cabeça ao solo, ou simplesmente "bater cabeça" é encontrado em praticamente todas as religiões. O curioso, entretanto, é que a prática não se restringe à reverência espiritual, sendo adotada também por diversas instituições onde líderes determinam este tipo de saudação como uma formalidade.

Reis, por exemplo, durante longo tempo na história da humanidade eram tidos como representantes terrenos de divindades e, por isso, seus súditos deviam tocar a cabeça ao solo para saudá-los.

O significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.

Faz-se importante salientar que, quando usamos a palavra submissão, devemos fazê-lo com cuidado, umas vez que pode ser transmitida a ideia de uma relação de poder ou controle, com uma das partes sendo fragilizada. Definitivamente não é o caso.

Trata-se do reconhecimento por parte do ser humano de sua condição, ciente que é de haver algo superior a ele e que pode ajudá-lo. Por este simples motivo é que bater cabeça é sinal de respeito e humildade.

É possível interpretar também como sinal de agradecimento por bençãos recebidas. A benção da própria vida (por que não?). Algo para o qual nem todos se atentam é que também se trata de oportunidade para estabelecer conexão com as forças espirituais do local sagrado onde se pratica o ritual religioso.

Bater cabeça na Umbanda, portanto, representa respeito aos orixás, guias e entidades, assim como aos sacedotes e aos mais velhos na religião, aqueles que mais tem a ensinar e, diga-se de passagem, também sempre terão a quem respeitar e saudar.

Fonte: centroespiritaurubatan.com.br

Lenda - Como Oxossi virou Orixá


Odé era um grande caçador. Certo dia, ele saiu para caçar sem antes consultar o oráculo Ifá, nem cumprir os ritos necessários. Depois de algum tempo andando na floresta, encontrou uma serpente: era Oxumaré em sua forma terrestre.

A cobra falou que Odé não devia matá-la; mas ele não se importou, matou-a, cortou-a em pedaços e levou para casa, onde a cozinhou e comeu; depois foi dormir.

No outro dia, sua esposa Oxum encontrou-o morto, com um rastro de cobra saindo de seu corpo e indo para a mata. Oxum tanto se lamentou e chorou, que Ifá o fez renascer como Orixá, com o nome de Oxossi.

Fonte: casaiemanjaiassoba.com.br

Características de Filhos e Filhas de Ogum


De físico magro, mas definido, os filhos e filhas de Ogum são aquelas pessoas que não dispensam uma “farra” e pagam para entrar em uma briga. Não necessariamente precisa iniciar por causa deles, mas se enxergarem uma confusão, provavelmente entrarão no meio. De temperamento forte e impaciente, eles não perdem tempo procurando explicações, já partem para o ataque.

No amor apresentam dificuldade para se apegarem a alguém, costumando trocar de parceiros com certa frequência. Não acreditam muito em probabilidades, preferem batalhar até alcançarem o impossível, se assim for o seu sonho; geralmente conseguem realizá-lo. Os filhos de Ogum são pessoas de desejos simples, preferindo dormir sobre o piso ou em uma rede ao invés de uma cama confortável e luxuosa.

A principal característica dos filhos e filhas deste Orixá é o esforço para alcançar o desejado, tratando-se de pessoas batalhadoras e de espírito incansável. Precisam tomar muito cuidado para não se tornarem desagradáveis, por possuírem o dom de serem líderes, mas sempre sob o risco de sucumbirem à prepotência. Devem cultivar a humildade como ponto de apoio para terem boa recepção.

Não conseguem acumular riquezas, pois a efemeridade quase sempre os alcança. Gastam aquilo que ganham com prazeres momentâneos. São pessoas muito comunicativas e alegres, daquelas que dividem sua felicidade, risadas e histórias com todos.

Fonte: iquilibrio